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SINDICATO DOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO ESTADO DE SÃO PAULO


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18/04/2015

Massa Crítica em Segurança e Saúde do Trabalho


 

O termo Massa Crítica é usado em várias áreas do conhecimento e em vários contextos, como na Física, na Política, Sociologia e Tecnologia.

 

Na Sociologia é muito usado para descrever uma quantidade mínima de indivíduos necessária em um sistema social para que estes possam se tornar autossustentáveis e que os permitam crescer. Em física, a Massa Crítica é a quantidade mínima necessária para formar e manter uma reação em cadeia.

 

Massa Crítica também é um termo usado na maioria das cidades, referente a evento, que ocorre tradicionalmente na última sexta-feira do mês, onde ciclistas, skatistas, patinadores e outras pessoas com veículos movidos à propulsão humana, ocupam seus espaços nas ruas.

 

Os principais objetivos são divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste. Simplesmente é um grupo que se encontra mensalmente para aproveitar o prazer e segurança de andar pela cidade, por isso a frase “não estamos atrapalhando o trânsito, nós somos o trânsito” expressa bem sua filosofia.

 

Diante dos constantes retrocessos que a Segurança e Saúde do Trabalho têm vivido com o fortalecimento do Corporativismo no Tripartismo, Desvalorização dos Profissionais de SST, Sucateamento do MTE, diante da investidas de melhorias em nossa profissão, mas fracassadas até o momento como as Mobilizações pelo Conselho de Classe, Livre Exercício Profissional frente ao Corporativismo no Tripartismo e Ausência de Piso salarial em muitos Estados, só nos resta fôlego se existirmos como um Massa Crítica.

 

Do ponto de vista social, precisamos ser uma quantidade mínima de profissionais necessária em um sistema prevencionista para que este possa se tornar autossustentável e que o permita crescer. Não crescemos em prevenção e, para não frustrar os mais otimistas, avançamos uma posição: a cada década, éramos o País que mais matava e adoecia os trabalhadores e, hoje, somos o quinto (de 1978 a 2015).

 

Do ponto de vista da Física, precisamos ser a quantidade mínima necessária para formar e manter uma reação em cadeia. Nossa capacidade de articulação com os diversos setores da economia é muito tímida, não conseguimos até hoje criar uma Cultura Prevencionista e, cada vez mais, diminui a qualidade profissional lançada no mercado, além de nossas representações que, na maioria das vezes, pouco fazem por falta de mobilização da categoria.

 

Uma Massa Crítica Prevencionista se faz urgente e necessária, e qual a dificuldade para nós, Técnicos de Segurança do Trabalho? Elenco que é a nossa passividade profissional, quando poderíamos ser o ator principal do processo produtivo. O fato de nossa profissão ser ponte para outras formações profissionais e a ausência de responsabilidade com o futuro da profissão pelos próprios profissionais são fatores impeditivos à construção de uma Massa Critica Prevencionista para que possamos consolidar o conceito de que “não estamos para atrapalhar os processos produtivos, pois, aliás, nós, profissionais técnicos, somos parte do processo produtivo”.

 

Marcos Antonio de Almeida Ribeiro
Presidente do SINTESP



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