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27/07/2015

Pesquisa do IBGE mostra cenário grave para a área de Segurança e Saúde do Trabalho


 

Pesquisa do IBGE mostra cenário grave para a área de Segurança e Saúde do Trabalho

 

O Globo, em 21/06, por meio da jornalista Cássia Almeida, publicou uma matéria que chama a atenção e nos coloca, mais uma vez, em alerta, se é que dá para abaixar a guarda no mundo Prevencionista.

 

Sob o título “Atividade de risco: 5 milhões de trabalhadores se acidentaram em um ano, diz IBGE. Total de acidentes no Brasil é seis vezes maior que o notificado, mostra dados inéditos”,a notícia refere-se à pesquisa inédita realizada pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, intitulada Pesquisa Nacional de Saúde, que mostra pela primeira vez a extensão da falta de segurança no trabalho no Brasil, uma vez que nos aponta um número de seis vezes maior que a única estatística oficial de que o Brasil dispunha até então: as comunicações ao governo de acidentes de trabalho, restritas ao assalariado com carteira assinada, fugindo do controle os funcionários públicos e os informais. Apesar de obrigatórios, os registros de acidentes, mesmo entre os trabalhadores formais, são subdimensionados, como reconhece a própria Previdência Social, que cuida dos números. Os casos que não exigem que o trabalhador se afaste são raramente notificados.

 

Mas, tudo isso não é novidade para nós, que militamos na prevenção. O problema é que, por mais alerta que o setor fizesse, muitos não davam importância, o próprio Ministério do Trabalho pouco se importa, já que afirma que os índices vêm caindo segundo metodologia dos sonhos, no qual desconhecemos sua aplicação.

 

Para Célia Landmann, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que coordenou a pesquisa juntamente com o IBGE, o número de acidentes é elevado, mas já havia a percepção de que a insegurança no trabalho é latente no Brasil, ou seja, confirmou o que nós, prevencionistas, já sabíamos, mas não tínhamos como provar.

 

E, adivinhem! Segundo o Globo, o Ministério do Trabalho e Emprego, responsável pelos planos de segurança do trabalho e pela fiscalização, afirmou que não iria comentar a pesquisa do IBGE.

 

Com este cenário, quero convidar a todos para uma reflexão: se já sabemos que existe subnotificação dos acidentes do trabalho no Brasil; se sabemos o quanto o Ministério do Trabalho tem sido ineficiente para o setor Prevencionista; se sabemos que no Movimento Sindical a pauta ainda é marginal na agenda; se sabemos que a presença de profissionais de SST nas empresas não alcança 1%; o que nós, profissionais de SST, e, estou falando dos Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança e Médicos do Trabalho, iremos fazer para mudar essa realidade?

 

O caminho é um só: temos que agir com consciência, proatividade e, sobretudo, rápido. Por isso, estamos aqui, com o espaço aberto, à disposição para receber essas opiniões e dar a oportunidade para reflexões importantes e que possam nos ajudar a mudar esse cenário triste da SST no Brasil.

 

Marcos Antonio de Almeida Ribeiro

Presidente



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